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Em nova entrevista para a edição digital deste mês da revista i-D, Elle Fanning fala sobre sua carreira e comenta acreditar que seu melhor trabalho ainda está por vir. A atriz, que se prepara para o lançamento de Predador: Terras Selvagens, que chega aos cinemas no mês que vem, e Valor Sentimental, que estreia em cinemas selecionados em novembro e no Brasil no dia 25 de dezembro, reflete sobre o impacto da fama em sua vida pessoal. Para a sessão de fotos, Elle foi estilizada por Georgia Pendlebury e fotografada por Ilya Lipkin, já disponíveis em nossa galeria. A entrevista foi conduzida por Emily Kirkpatrick e você pode conferir abaixo traduzida e adaptada por nossa equipe:
Quando Elle Fanning e eu nos encontramos para o café da manha em Nova York, em uma cafeteria no West Village, ela faz uma série de confissões logo de cara: Primeiro, ela não dorme; segundo, se vestiu demais, por ter acabado de chegar de Los Angeles, ela admite, “Eu nunca checo a previsão do tempo” (está fazendo 27°C e ela está bem agasalhada em um sobretudo); e terceiro, ela basicamente não mora em lugar nenhum. A agenda de Fanning é tão agitada que ela se hospeda na casa de amigos e familiares onde quer que vá — quando está em Nova York, fica na casa de seu namorado, Gus Wenner, presidente da Rolling Stone, ou com a família quando está em Los Angeles. Sua vida é uma sucessão de paradas programadas determinadas pelo filme que está trabalhando. Ela mal sabe que dia da semana é. Tudo que ela sabe com certeza, ela admite com um grande sorriso e olhos brilhantes: ela está adorando a aventura que é sua vida neste momento.
Ainda é madrugada em Los Angeles, então ela deveria estar sofrendo bastante com o fuso horário. Mesmo assim, antes do primeiro gole de capuccino, ela está vibrando de energia. Na verdade, ela inicialmente sugeriu que nos encontrassemos uma hora mais cedo. Ela está na cidade por pouco tempo e quer aproveitar cada minuto.
Fanning está aproveitando um momento de descanso em meio a um ano corrido que promete ficar ainda mais agitado. Este ano, logo após a sua performance emocionante na cinebiografia de Bob Dylan, Um Completo Desconhecido (2024), ela estrela Valor Sentimental, a comédia dramática de Joachim Trier sobre uma família do mundo do entretenimento, ao lado de Stellan Skarsgård. No final deste outono, seu primeiro filme de ação, Predador: Terras Selvagens, será lançado. Ela também acabou de concluir as filmagens de Margo’s Got Money Troubles da Apple TV+, que ela produziu e e estrelou alo lado de Michelle Pfeiffer e Nicole Kidman. E, logo em breve, começará a filmar outra franquia de filmes, interpretando a versão jovem de Effie Trinket em Jogos Vorazes: Amanhacer na Colheita.
A postura afável tão palpável nas performances de Fanning é amplificada dez vezes pessoalmente. Ela sorri com facilidade, escuta atentamente, e ri sem inibição, fechando os olhos e jogando a cabeça para trás em uma gargalhada. Kirsten Dunst, sua colega de elenco em O Estranho que Nós Amamos (2017), de Sofia Coppola, a descreve como a “a mais autêntica das autênticas,” adicionando, “Ela tem um lado bem bobo que é muito encantador.”
Durante a conversa, Fanning frequentemente olha ao redor da sala de maneira curiosa, como se a palavra exata que está procurando estivesse escondida nas vigas do teto. “Sou muito sonhadora,” ela reflete. “Estou sempre pensando nas coisas que quero que aconteçam, nas coisas que aconteceram. Sou nostálgica o tempo todo. Sua expressividade inata e sua inclinação para fantasia tornam fácil entender por que ela tem sido uma atriz tão requisitada, desde antes mesmo de perceber que estava diante das câmeras.
Fanning começou a carreira com dois anos, quando sua irmã, Dakota Fanning, A prodígio de Hollywood e a pessoa mais jovem a ser indicada ao prêmio do Screen Actors Guild, foi escalada em Uma Lição de Amor (2001). A diretora Jessie Nelson precisava de uma criança que se parecesse com Dakota para uma cena de flashback — e foi aí que entrou a pequena Fanning, quatro anos mais nova que Dakota. Foi apenas no seu quinto aniversário que ela diz ter começado a perceber que poderia ter uma verdadeira paixão pela atuação.
Em 2003, ela foi escalada como a filha de Jeff Bridges e Kim Basinger em Provocação, onde ela lembra passar bastante tempo pintando com Bridges, quem “a ensinou como desenhar pernas”, — motivo suficiente para amar seu trabalho. Apesar da pouca idade: “Eu sabia que estava interpretando uma personagem. Eu sabia que não era eu. Tinha uma história que [o diretor] Tod Williams contou nos bastidores, sobre como eu estava chorando e gritando, e então ele disse “Corta” e eu pensei: “Ah, ok, acabou? Ótimo.'” Ela credita as brincadeiras de faz de conta com Dakota, sua única irmã, por ajudá-la a distinguir entre a vida real e a fantasia tão cedo. “Quando éramos crianças, essa era a nossa coisa favorita de fazer,” ela relembra. “Nós nos fantasiávamos e criávamos histórias elaboradas. Nós não filmávamos, não atuávamos para os outros, faziamos a cena para nós mesmas. Essas são algumas das melhores lembranças que tenho.”
Dakota diz que sua irmã sempre demonstrou essa “imensa capacidade de sentir. Acho que é uma de suas qualidades mais especiais. Ela se entrega completamente a tudo que faz. Ela topa qualquer coisa.”
Se tornou clichê nos perfis das irmãs Fanning comentar sobre o quão “normais” elas são, o quão tranquilas e centradas parecem, apesar de terem alcançado tanto sucesso tão jovens. Elle atribui isso inteiramente aos seus pais e à avó, que garantiram que elas tivessem não apenas estabilidade, mas também uma infância de verdade. “Era importante para meus pais. Minha mãe queria muito que fôssemos para uma escola normal”, ela explica. “Eu lembro de ficar tão animada para levantar a mão, como se eu estivesse nos filmes, aí fazia uma prova e eu pensava: ‘Ah, não.’ Teve um pequeno choque cultural no início, mas logo fiz amigos. Meus dois amigos mais próximos até hoje são da época da escola.
Mesmo assim, especialmente por ser uma estrela mirim, ela admite que houve momentos que se sentiu excluída pelos colegas. “Eu era meio excêntrica”, ela admite, revirando os olhos de um jeito meio Cher Horowitz.
“Eu me vestia do jeito que eu queria, tipo, ‘Bom, Sofia [Coppola] gosta!’. Eu tinha umas calças da Rodarte e ia na Opening Ceremony comprar roupas.” Em outras palavras, ela tinha um claro interesse por alta costura desde nova – “o que não combina com o mundo do ensino fundamental e das calças skinny”. A beleza da moda, para ela, sempre foi a forma como permite que Fanning se expresse, mas também foi a lente que a proporciona enxergar os outros com clareza. Sobre algumas de suas colegas do tapete vermelho, ela diz, “Dá para perceber quando as roupas estão usando as pessoas, e tudo bem! Nem todo mundo precisa ser fã de moda. Eu só quero autenticidade. Me dê autenticidade!”
Em busca de um pouco de autenticidade para si mesma, ela confessa: “Às vezes eu volto no tempo – não faço isso com frequência, mas outro dia assisti a uma entrevista minha de quando eu tinha 11 anos.” Em resposta à minha sobrancelha arqueada, ela acrescenta, rindo: “Sim. Eu me pesquiso no Google. Acho que isso provavelmente aconteceu às 2 da manhã.” Ela se viu assistindo a um vídeo que nunca tinha visto antes, do Festival do Cinema de Veneza, promovendo Um Lugar Qualquer (2010), de Coppola, no qual interpreta a filha de um ator de Hollywood, enquanto ele reexammina sua vida. “Era só uma entrevista qualquer, mas eu pensei: ‘Nossa ela era eu.’ Mas ela pareceria outra pessoa. Havia uma ternura por mim mesma. Eu só pensava: ‘Nossa, ela quer se sair tão bem. Ela quer dizer a coisa certa!'” Fanning acrescenta que é grata por ter trabalhado com Coppola, a quem chama de “rainha dos adolescentes”, duas vezes, em momentos que marcaram o início e o fim desse período delicado e formativo de sua vida. “Quem melhor para te guiar por essa fase?”
A carreira de Fanning é como uma lista de grandes nomes do cinema: Alejandro González Iñárritu, David Fincher e outros, além de Coppola. “É engraçado porque, quando você é jovem, não pensa nisso. Não planeja nada. Trata-se de manter essa espontaneidade e abertura às emoções à medida que envelhece. Você precisa ser autêntica, aberta e acessível. A câmera capta tudo. Ela te vê por dentro. Ela consegue ver o seu interior. Não sei se existe algo a que eu diria ‘não’. Definitivamente existem limites, mas se a história for boa…” ela diz, dando de ombros.
A diversidade de papéis até o momento vem acompanhada de uma lista divertida de aventuras paralelas que ela aprecia: aprender a patinar no gelo para Um Lugar Qualquer, tocar trompete em uma cena que acabou sendo cortada de Ginger & Rosa (2012) e cantar em frente às câmeras pela primeira vez em Espírito Jovem (2018). Ela brinca dizendo que essa é a verdadeira natureza de ser atriz. “É como se eu conseguisse fazer pequenas coisas mal, mas consigo fingir muito bem.”
Embora Fanning talvez não consiga mais cantar “Taps” de cor e salteado, ela revela que traços dessas personagens ainda permanecem em sua personalidade. “É uma mistura estranha. Acho que elas não desaparecem completamente”, diz ela. “Acho que as personagens ainda estão dentro de mim, influenciando as decisões que tomo.” Ela cita sua atuação como Catarina na série The Great, do Hulu, uma jornada que desafia gêneros pela Rússia do século XVIII, como um exemplo perfeito disso. “Ela era vista como uma jovem inocente, um pouco ingênua e romântica que depois se torna a líder da Rússia. Não que eu seja a líder de Hollywood, mas a confiança dela cresceu e nossas vidas se espelhavam. Eu nem percebia, mas ela estava se tornando eu, e eu era ela.”
Outra coisa que ela percebeu é a forma fortuita como pessoas, oportunidades e personagens parecem cruzar seu caminho exatamente no momento certo. “Eu adoro isso, porque significa que você não pode tomar uma decisão errada. Tudo parece predestinado. Estávamos destinados a fazer isso para que pudéssemos fazer aquilo. Não existem erros.” Esse foi certamente o caso com seu novo filme, Valor Sentimental.
Fanning admite que estava desesperada para trabalhar com Joachim Trier depois de assistir ao seu último filme, A Pior Pessoa do Mundo. Lançado em 2021, é uma história inspiradora sobre a jornada de uma jovem em busca de amor e significado na Oslo contemporânea (“É o melhor filme da última década”, ela elogia). “Meus agentes não me contaram sobre [Valor Sentimental] por um tempo, até receberem uma ligação. Eles sabiam que eu os importunaria.” Mas, como ela mesma diz, o papel parecia predestinado, já que o diretor Mike Mills, com quem ela trabalhou em “Mulheres do Século 20” em 2016, é amigo de Trier. Mills disse a ele que deveria escalar Fanning para o papel de Rachel, uma atriz americana lamentavelmente inadequada para um drama familiar norueguês.
Ela admite que chorou ao ler o roteiro e novamente quando finalmente viu o filme completo no Festival de Cannes, onde ganhou o Grand Prix este ano. “Rachel não é a atriz clichê de Hollywood. Ela está um pouco perdida na carreira. Ela é famosa, mas não se sente realizada. Parece que ela está buscando algo mais profundo, e às vezes eu me sinto exatamente assim. Você se sente incompreendida, ou sente que tem mais a oferecer. Você pensa: ‘Por que não me colocam nesse papel?!’ Ou quer sair dessa caixa. Todos esses são sentimentos com os quais me identifico. Eu nunca quero me sentir presa a um único papel. É como se eu pensasse: por que não tentar de tudo? Quero experimentar tudo.”
Fanning acredita que seu melhor trabalho ainda está por vir. Em 2021, Elle e Dakota fundaram sua própria produtora, a Lewellen Pictures (nomeada em homenagem à cadela da família, uma Schnoodle, que faleceu), como forma de assumir o controle de suas carreiras. Abrir a empresa juntas “ampliou nossa visão sobre tudo, porque agora não precisamos necessariamente atuar em tudo”, diz ela. “Você não está tentando se encaixar na equação.”
Trabalhar com a irmã pode parecer complicado para alguns, mas elas não trocariam isso por nada. “Somos muito, muito próximas e temos pontos fortes diferentes, o que é importante. Nos complementamos bem. Ela é como minha intérprete”, diz Elle. Dakota pega suas ideias mirabolantes e as transforma em algo concreto e prático. “Nós duas organizamos nossas agendas de forma prática”, explica Dakota. “Eu uso uma agenda da Smythson e ela usa um calendário da Barbie. Quem nos conhece sabe que isso faz todo o sentido.”
Dakota continua: “[Elle] desempenha um papel enorme na minha vida. Somos uma família muito unida e nosso relacionamento significa tudo para mim. Eu estaria perdida sem ela. Sou a irmã mais velha, mas, conforme fomos crescendo, tenho buscado cada vez mais seus conselhos e perspectivas. Eu daria a minha vida por ela, e ela sabe disso!”
“Além disso, ela é minha irmã, então posso brigar com ela”, acrescenta Elle, soltando uma grande gargalhada.
Agora com 27 anos, Elle aprendeu a lidar com todos os tipos de dinâmicas difíceis — seja uma discussão com a irmã, egos no set de filmagem ou a fama online. Quando se trata de redes sociais, ela tenta participar, mas não se intrometer demais. “Eu sei o que está acontecendo”, garante. “Tenho grupos de bate-papo com as amigas. A gente manda memes umas para as outras. Adoro o TikTok, adoro ficar rolando o feed.” Quando tento descrever o tom do seu perfil público no Instagram, ela responde com um sorriso irônico: “Tranquilo? Tem algumas coisas pessoais lá, mas acho que não é um lugar onde eu necessariamente mostro minha personalidade. Às vezes sim. Mas eu não sou tipo a Rachel Sennott, sabe?”
Da mesma forma, quando se trata dos detalhes da sua vida amorosa, seu instinto é manter esse sentimento especial em segredo, só entre os dois. Mas, pelo sorriso radiante que transborda em seu rosto quando menciono Wenner, fica claro que ela não consegue esconder o amor. “Estou tão feliz. Tão feliz”, enfatiza. “Quando você está em um relacionamento feliz, é tipo, ‘quero ir a lugares com você e compartilhar essas experiências.’ Posso ir aos eventos de trabalho dele, ele pode vir aos meus, e a gente se apoia.” Ela relembra todas as “coisas legais” e “músicas boas” que Wenner lhe apresentou desde que se conheceram, há quase dois anos, na estreia de sua peça na Broadway, Appropriate. Isso inclui conhecer Lil’ Wayne ou ver Doechii se apresentar ao vivo (“Antes de ela estourar de vez, só para constar!”). Ela irradia felicidade: “Estou mais feliz do que nunca. De verdade.”
Ela pode estar completamente apaixonada por Wenner, mas faz uma última confissão. Ainda existe um homem que poderia aparecer e conquistá-la, se assim o desejasse: Jack Black. “Meu Deus, eu o conheci no Globo de Ouro!”, exclama ela, com as bochechas coradas ao se lembrar. “Meu namorado estava comigo e disse a ele: ‘A propósito, você é o passe livre dela’”. Quando perguntada o que torna o astro de Kung Fu Panda tão irresistível, ela se derrete: “Ele tocando o Sax-a-Boom?! É tão sexy. Ele é tão engraçado. Ele é tão gentil. Ele é tão talentoso, tão autêntico. Acho que é isso: autenticidade. É contagiante”. Ela conclui com um suspiro: “Homem perfeito”.
Não importa o que o futuro reserve, Fanning está pronta para tudo e se sente cada vez mais confiante. “Eu cresci muito. Consigo sentir isso, especialmente este ano com esses projetos. Não é que eu esteja escolhendo as coisas de forma diferente, sempre foi muito instintivo”, diz ela. “Mas eu consigo perceber quando uma fase muda e sinto que estou entrando em uma nova fase”. Ela dá aquela risada característica, sem reservas. “Seja lá o que isso signifique.”
Fonte: i-D Magazine.
Elle Fanning e Nicole Kidman irão estrelar o novo suspense jurídico da A24, intitulado Discretion.
A série será baseada em um conto ainda não publicado da escritora Chandler Baker, autora de The Husbands e Whisper at Work, que adaptará sua própria obra para televisão. A24 adquiriu os direitos de Discretion em uma situação que a empresa descreve como “altamente competitiva.”
Pouco se sabe sobre Discretion, além de que se passa em Dallas e é inspirado na experiência de Baker como advogada corporativa. A autora planeja desenvolver a história em uma série contínua, e também atuará como produra executiva ao lado de Susannah Grant (“Inacreditável”, “Erin Brockovich”). Os produtores executivos também incluem Elle Fanning ao lado de suas parceiras da Lewellen Pictures, Dakota Fanning e Brittany Kahan Ward, Kidman e Per Saari por sob sua produtora Blossom Films, Jordan Cerf, e Joe Hipps sob Cut To, selo da A24.
Fanning e Kidman já atuaram juntas anteriormente, incluindo O Estranho Que Nós Amamos (2017) e How to Talk to Girls at Parties (2017), que foram distribuidos nos Estados Unidos pela A24. Ambas estão no elenco de Margo’s Got Money Troubles, série que será lançada ano que vem pela Apple TV+.
Fonte: Variety.
Tradução e adaptação: Elle Fanning Brasil.
Capturados pelas lentes de Paola Kudacki, Elle Fanning, Timothée Chalamet e Monica Barbaro, estrelas do elenco de Um Completo Desconhecido, cinebiografia do músico Bob Dylan, estampam a capa da nova edição da The Hollywood Reporter. O trio concedeu uma entrevista ao veículo ao lado do diretor do filme, James Mangold. Confira abaixo a tradução e adaptação da matéria:
Baseado no best-seller de Elijah Wald de 2015, Dylan Goes Electric!, o filme dramatiza os primeiros — e, sim, mais provocantes — anos do fenômeno Bob Dylan. A trama começa com a misteriosa chegada de Dylan a Manhattan em 1961, aos 19 anos; acompanha sua ascensão vertiginosa ao status de deus da música folk; e termina com um quase motim quando ele decide eletrificar seu som no tradicional Newport Folk Festival de 1965.
Ao longo da jornada, o jovem trovador se torna o objeto de afeição de várias mulheres, com destaque para Suze Rotolo, a namorada ativista que aparece com ele na capa de seu álbum de 1963, The Freewheelin’ Bob Dylan. No filme, ela é interpretada por Elle Fanning e foi levemente ficcionalizada como a personagem Sylvie Russo, a pedido de Dylan durante a elaboração do roteiro. Outra figura marcante é a consagrada artista folk Joan Baez, interpretada por Monica Barbaro (Top Gun: Maverick), de 34 anos, em um papel que promete ser um marco em sua carreira.
Os três protagonistas, acompanhados pelo diretor James Mangold — veterano no gênero, tendo dirigido a cinebiografia de Johnny Cash, Johnny & June, vencedora do Oscar em 2005 —, se reuniram com a The Hollywood Reporter em uma noite fria e chuvosa no bairro de Tribeca, em Nova York. Foi a primeira conversa em grupo sobre a empolgante e, por vezes, desafiadora jornada de recriar os intensos dias da cena folk do Greenwich Village e a chegada explosiva de um novato vindo do Meio-Oeste.
Quem é o maior fã de Bob Dylan presente nesta sala?
MONICA BARBARO: Acho que a Elle. E provavelmente o Jim.
JAMES MANGOLD: Eu não era até fazer o filme. Era fã, mas a maior fã era a Elle.
ELLE FANNING: Eu tinha pôsteres dele na parede e escrevia o nome dele na minha mão todos os dias, em parte para parecer descolada. Quando as pessoas na escola perguntavam: “Quem é esse?”, eu respondia: “Você não sabe?”. Trabalhei com o Cameron Crowe quando tinha 13 anos (Compramos um Zoológico, de 2011), e ele tocava muito Bob Dylan. Ele repetia Buckets of Rain o tempo todo. Foi aí que começou.
JAMES MANGOLD: Meu pai tocava os álbuns de grandes sucessos no VW dele. Eu adorava, mas era meio que a música do meu pai. Eu era mais Bruce Springsteen e Tom Petty. Depois, na faculdade, Infidels foi lançado, e eu ouvia sem parar. Mas não era como se eu sonhasse em fazer um filme sobre Bob Dylan. Foi essa história específica que me atraiu.
Monica e Elle, o que aprendemos sobre Bob Dylan neste filme em termos de como ele se relaciona e trata as mulheres? Ele foi bom para as mulheres?
FANNING: Suze era muito ativa politicamente na época e trouxe Bob para esse universo. Ele não tinha tanto interesse nisso antes de se conhecerem. Ela o conhecia como o garoto de Minnesota, antes do glamour, da fama e do visual exótico. Bob não era sempre gentil com ela, mas ela tolerava certas coisas dele. Eu queria honrar o que eles tinham, porque aquele primeiro amor é algo muito precioso, e acho que todos nós já vivemos isso. Ela tem uma grande sensação de poder e estabilidade.
MANGOLD: A Elle teve um papel muito difícil porque não há guitarra, sinceramente. Ela é a única pessoa “comum” nesse grupo, e ela faz você se identificar com a personagem. Ela deu à personagem muita dignidade, pois é ela quem inspira Bob, alimentando-o com ideias para músicas, guiando-o a cantar sua própria música em vez de continuar tocando velhas canções.
É verdade que você estava sendo chamado de “Bob” no set e permanecia no personagem entre as cenas?
CHALAMET: Não. Eu não diria “não” [para ser chamado de “Bob” no set], mas eu sinto que — bem, qual é a pergunta?
Deixe-me entender o seu raciocínio, em termos do que parece ter sido um compromisso obsessivo com a interpretação de Dylan?
CHALAMET: Foi o maior desafio que eu já me impus. E se tornou algo tão bíblico para mim, em termos da vida e do trabalho desse homem, que eu senti que, se minha concentração falhasse por um segundo, eu me odiaria por isso nos anos seguintes. Eu tive três meses para interpretar Bob Dylan, e o resto da minha vida não vai ser sobre isso, então por que não me dedicar totalmente?
MANGOLD: Posso dizer que esse tipo de coisa me irrita? Essa história toda de “Todo mundo tinha que te chamar de Bob?” Porque não é obsessivo. Se eu estivesse gerenciando um time de beisebol, e tivesse um arremessador e nós estivéssemos na porra da Série Mundial, eu quero que ele se concentre. Não quero ele andando pelo corredor com cem pessoas gritando “Orel!” Não, eu quero ele focado. Quero que ele pense na sua bola rápida. Quero que ele pense no seu trabalho. É isso que estamos aqui para fazer. Não estamos aqui para dar autógrafos. Não estamos aqui para entreter. Estamos aqui para fazer um porra de filme sobre um personagem e toda a pressão que vai ser colocada nos ombros daquele jovem. Qualquer nível de foco que ele peça de si mesmo, para mim, deve ser respeitado e não chamado de obsessivo. Isso é chamado de fazer o seu trabalho. Isso é só a minha opinião sobre isso.
Eu não queria ser depreciativo de forma alguma.
MANGOLD: Não, eu sei disso, mas já passamos por isso.
FANNING: Normalmente, os primeiros assistentes de direção e outros no set sempre te chamam pelo nome do personagem. Eles fazem isso porque está na folha de chamadas.
CHALAMET: Normalmente, eles te chamam pelo nome do personagem. Mas essa coisa de trabalho no personagem, estilo Método, realmente não foi assim que eu encarei. Existem coisas que você evita propositalmente, como o uso de celular ou coisas claramente contemporâneas que podem te desviar. Mas o Método não foi a minha abordagem de jeito nenhum. Eu percebi como foi engraçado quando a Elle me chamou de lado e disse: “Me disseram que tenho um ensaio com o Bob. Fiquei tão animada. Achei que o Bob Dylan ia vir, e era o Timmy.”
Fonte: The Hollywood Reporter.
Fontes próximas ao veículo de notícias Deadline revelaram que Elle Fanning está em negociações para protagonizar o mais novo longa da franquia Predador. O filme será dirigido por Dan Trachtenberg, que comandou o elogiado O Predador: A Caçada (Prey), lançado em 2022.
Enquanto Prey apresentou um elenco formado majoritariamente por talentos em ascensâo, como Amber Midthunder, executivos e Trachtenberg optaram por uma abordagem diferente neste novo longa. Para o novo filme independente, o objetivo era contar com uma estrela consolidada, e o interesse de Elle Fanning na franquia rapidamente chamou a atenção dos envolvidos no projeto. De acordo com fontes próximas, Fanning já era fã da franquia. Quando os executivos souberam de seu interesse, rapidamente organizaram uma reunião entre ela e Trachtenberg. Após o encontro, a atriz teria se mostrado entusiasmada com a oportunidade. Com a negociação avançando, a expectativa é de que o projeto ganhe força e as filmagens comecem ainda este ano.
Por enquanto, os detalhes do enredo estão sendo mantidos em segredo, mas sabe-se que o longa contará com o caçador extraterreste que virou marca registrada da franquia. A escalação de Fanning indica que a nova produção pode seguir por um caminho inovador, trazendo frescor à saga.
Ainda não há informações sobre os planos de lançamento. O último filme da franquia, Prey, foi lançado exclusivamente no Hulu e quebrou recordes de audência na plataforma. No entanto, com o retorno da 20th Century aos cinemas em projetos recentes como Boogeyman e Alien: Romulus, uma estreia nos cinemas para esse novo capítulo de Predador não está descartada.
Fonte: Deadline.
Tradução e adaptação: Elle Fanning Brasil.
Nesta sexta-feira (20), foi anunciado através da Variety que Elle Fanning fará sua estreia na Broadway estrelado a peça Appropriate, um drama familiar sombrio e cômico de Branden Jacobs-Jenkins, dirigida por Lila Neugebauer. Confira a notícia abaixo:
Elle Fanning fará sua estreia na Broadway na próxima produção de “Appropriate”, um comédia familiar de humor negro de Branden Jacobs-Jenkins. O espetáculo é dirigido por Lila Neugebauer, diretora da aclamada reapresentação de “The Waverly Gallery.” Fanning, conhecida por seus trabalhos em “The Great” e “Super 8”, se junta à um elenco previamente anunciado, que inclui Natalie Gold, Alyssa Emily Marvin, Sarah Paulson e Corey Stroll.
Jenkins é uma dramaturga ganhadora do Obie Award quais trabalhos incluem “An Octoroon” e “Gloria”. “Appropriate” segue a família Lafayette em seu retorno à casa de seu falecido patriarca em Arkansas para lidar com os restos de sua propriedade. Toni (Paulson), a filha mais velha, quer lembrar e honrar seu falecido pai, enquanto Bo (Stroll), seu irmão, espera recuperar o dinheiro que ele gastou cuidando de seu pai doente. O surgimento de um irmão distante, Franz, desestrutura seus planos.
Fanning foi nomeada para um Emmy por seu trabalho em “The Great”. Outros créditos incluem “Maleficent,” “Somewhere,” dirigido por Sofia Coppola, e “20th Century Woman,” dirigido por Mike Mills. Elle estrelará em seguida “A Complete Unknown,” uma biografia com Timothée Chalament interpretando Bob Dylan.
“Appropriate” terá pré-estréias começando em 29 de Novembro e irá estreiar oficialmente em 18 de Dezembro no Second Stage do Hayer Theater.